quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PERÍCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO INOCENTA DEMÓSTENES TORRES

DIÁRIO DA MANHÃ
HELTON LENINE

Pouco mais de dois anos após a cassação do ex-senador Demóstenes Torres, a devassa provocada pelas investigações resultantes da operação Monte Carlo comprova a inocência do político. O Diário da Manhã teve acesso exclusivo a uma perícia elaborada pelo Ministério Público de Goiás que aponta a compatibilidade da evolução patrimonial de Demóstenes com a sua renda, jogando por terra as acusações de enriquecimento ilícito contra o ex-senador.

No documento repassado ao DM por fontes do MP, assinado pelo perito Glauciney Faleiro da Silva, e datado de 13 de maio de 2014, são apresentados os resultados da análise dos dados da quebra do sigilo bancário de Demóstenes e também informações provenientes do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entre os anos de 2005 e 2012, dados cartorários, gastos com cartões de crédito e tudo mais que diz respeito à sua vida financeira. O objetivo era responder a cinco perguntas elaboradas pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Goiás, Spiridon Nicofotis Anifantis. Na primeira pergunta, o subprocurador questiona se "há compatibilidade entre a renda declarada pelo investigado (Demóstenes) e a sua evolução patrimonial". A resposta foi taxativa. "Sim. Os dados fiscais evidenciam que a evolução patrimonial do investigado é compatível com seus rendimentos auferidos no período analisado".

A conclusão da perícia confirma que Demóstenes não obteve nenhum ganho fora do salário e lucros de investimentos legais e devidamente informados à Receita Federal. A devassa realizada nas contas de Demóstenes prova definitivamente que o ex-senador não recebeu qualquer quantia de dinheiro que não fosse fruto do próprio trabalho - principal acusação que recaiu sobre o então senador durante o massacre midiático a que foi submetido no período do vazamento ilegal dos grampos da Operação Monte Carlo.

O segundo ponto questionado pelo Ministério Público é sobre as movimentações bancárias de Demóstenes. "Há compatibilidade entre a renda declarada e as movimentações bancárias e demais transações financeiras do investigado?" Novamente, a resposta não deixa margens para dúvidas: "Sim. O montante transacionado pelo investigado em suas contas bancárias no Banco do Brasil ficou, em média, 11% inferior aos seus rendimentos brutos apurados no período de 2005 a 2012".

O terceiro item visa saber se existem bens que não foram declarados por Demóstenes. "Há bens identificados através do dossiê integrado e que não estão declarados no Imposto de Renda do investigado?" A resposta confirma que Demóstenes não sonegou à Receita Federal qualquer bem: "Não. Não foi constatada, pela consulta no dossiê integrado, a existência de bem não declarado pelo investigado à Receita Federal do Brasil".

Na quarta pergunta, o objetivo é identificar depósitos atípicos nas contas de Demóstenes que poderiam estar relacionados a atividades ilícitas. "Houve acréscimo patrimonial atípico na(s) conta(s) do investigado?" A resposta, mais uma vez, é negativa: "Não. Todos os créditos observados nas contas bancárias analisadas tiveram como origem as pessoas jurídicas declaradas pelo investigado como fonte de sua renda".

O último tópico respondido pela perícia questiona se Demóstenes fez ou concedeu empréstimos. "Nas declarações de imposto de renda apresentadas pelo investigado houve referência acerca de eventual empréstimo contraído ou concedido pelo referido investigado?" A resposta foi positiva. Demóstenes realizou empréstimo para própria filha e doação para uma neta, além do financiamento que realizou junto ao Banco do Brasil para comprar o apartamento em que vive atualmente. Tudo devidamente declarado ao fisco federal.

A perícia constata que o apartamento em que Demóstenes hoje reside, e que foi objeto de questionamento pela imprensa nacional, está financiado e com todas as suas prestações pagas por seus rendimentos como procurador de Justiça ou senador da República, como, aliás, Demóstenes havia afirmado no Conselho de Ética do Senado Federal. Inclusive apresentando os extratos bancários na oportunidade.

A conclusão da perícia realizada pelo Ministério Público de Goiás confirma o que o policial federal Fábio Alvarez já havia dito à Justiça em julho de 2012: "Demóstenes não tinha relações com o jogo". A declaração foi concedida pelo policial durante audiência marcada para ouvir testemunhas e réus da Operação Monte Carlo. Isso referendava o que antes já havia concluído o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e sua esposa, a subprocuradora-geral da República para Assuntos Criminais, Cláudia Sampaio, ou seja, Demóstenes Torres nunca havia participado de qualquer esquema referente a jogos.

DEMÓSTENES FOI O BOI DE PIRANHA DE POLÍTICOS GRAÚDOS

A cassação relâmpago do ex-senador Demóstenes Torres, à luz da recente perícia do Ministério Público de Goiás, evidencia que o então parlamentar foi sacrificado para evitar que outros políticos fossem investigados. A perda de mandato de Demóstenes, agora comprovadamente inocente, acalmou a imprensa e jogou no esquecimento acusações contra outros importantes políticos do País.

O vazamento ilegal dos grampos da Operação Monte Carlo colocou muitos políticos em situação delicada. Apesar do método utilizado indicar Demóstenes Torres como alvo, a ação da Polícia Federal colocou políticos de vários partidos na linha de tiro. Apenas entre governadores, cinco nomes foram envolvidos no escândalo: Sérgio Cabral (RJ), Agnelo Queiroz (DF), Siqueira Campos (TO), Silval Barbosa (MT) e Marconi Perillo. Além, é claro, de nomes importantes da política goiana, como o ex-prefeito de Goiânia e agora candidato ao governo Iris Rezende, os deputados federais Leonardo Vilela, Sandes Júnior, Thiago Peixoto e Carlos Alberto Leréia, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, o então prefeito de Anápolis e agora também candidato ao governo, Antônio Gomide, e dezenas de deputados estaduais e vereadores.

O PT formaria um capítulo à parte. A presidente Dilma Rousseff, Lula e os mensaleiros, alvos cotidianos dos ataques do ex-senador goiano, chegaram à conclusão de que livrar-se dele seria remover um estorvo à reeleição e, ao mesmo tempo, tentar melar o julgamento do mensalão que se avizinhava. Daí a criação da CPI do Cachoeira, antes refugada pelo próprio governo com receio de que explodir a Delta, uma das empreiteiras que mais receberam recursos do governo federal, com a qual Cachoeira mantinha relações comerciais, poderia respingar em toda administração federal, além de vários governos estaduais alinhados.

O sangramento de tantas autoridades criou uma espécie de acordo entre as lideranças partidárias. Cientes de que Demóstenes Torres, se sacrificado, aplacaria a sede da imprensa, decidiram empurrar o então parlamentar para o cadafalso. A estratégia funcionou. A cassação de Demóstenes esfriou a cobertura do noticiário e a CPI do Cachoeira acabou sem qualquer conclusão importante sobre a relação do contraventor com os demais políticos citados na operação.
ARMAÇÃO POLÍTICA RESULTOU EM FALSA ACUSAÇÃO
A perícia técnica do Ministério Público Estadual revelada pelo Diário da Manhã desmentiu uma das principais acusações contra o ex-senador Demóstenes Torres: a de que o então parlamentar receberia 30% do que era arrecadado com o jogo ilegal em Goiás. A informação publicada pela revista Carta Capital em 2012 na verdade foi um factoide criado por criminosos e políticos goianos para tirar da vida pública o recordista de votos nas eleições de 2010. Jamais apareceu qualquer documento, acusação formal ou processo contra Demóstenes. Tudo foi uma grande farsa.

A reportagem publicada pela revista Carta Capital com o título de "Os 30% de Demóstenes" apontava que desde 2006 a Polícia Federal tinha conhecimento que Demóstenes ficava com 30% da arrecadação do jogo no Estado. As informações, agora comprovadamente mentirosas, foram repassadas em três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCOR), da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia. A perícia apresentada pelo Ministério Público encerra de vez a questão ao apontar que Demóstenes não recebeu dinheiro que não fosse fruto do próprio trabalho. O resultado levantou uma nova pergunta: por que, então, surgiu a história dos 30% de Demóstenes?

O DM ouviu fontes dentro da Polícia Federal que apontam novas razões para a denúncia. O nome de Demóstenes foi inserido a pedido do delegado aposentado da Polícia Civil Eurípedes Barsanulfo, que tinha dois motivos para manchar o nome do então senador. Primeiro, Eurípedes queria atingir Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para assumir o controle do jogo em Goiás. Em segundo lugar, Eurípedes Barsanulfo era assessor de um tradicional político goiano que se considerava ofuscado pelo brilho de Demóstenes no Congresso Nacional. Em apenas um golpe, o delegado se tornaria o chefe do milionário esquema de jogo no Estado e ainda por cima agradaria o seu importante padrinho político, que queria ver Demóstenes fora do processo eleitoral.

A QUEM INTERESSAVA A QUEDA DE DEMÓSTENES

A comprovação da inocência do ex-senador Demóstenes Torres desnuda uma das principais páginas da história política recente do País. O vazamento ilegal e sistemático de gravações que mais escondiam do que revelavam não era reflexo da relação saudável entre imprensa e órgãos públicos. O objetivo era criar um clima político insustentável para o então senador, fazendo com que fosse ceifado não por eventuais ações que tivesse cometido, mas pelas que o massacre midiático fez parecer que tivesse feito.

A primeira e principal pergunta sobre os vazamentos da operação Monte Carlo nunca foi respondida: quem repassou os áudios para a imprensa? Protegido pelo sigilo entre jornalista e fonte (um preceito criado para salvaguardar quem colabora com a democracia, não para quem tenta tirar vantagem dela), os nomes permanecem em sigilo. Os murmúrios dos bastidores apontam para a Polícia Federal – ou mais precisamente para quem está acima dela. Na falta de uma definição, basta olhar para os interessados apontados nesta reportagem.

Demóstenes era a grande referência da oposição no País. Intelectual de primeira grandeza, era respeitado até mesmo pelos adversários. Não por menos, conseguiu aprovar mais de 90 projetos de leis que continham suas digitais. A legislação completa sobre pedofilia, o Estatuto do Idoso, a Lei Maria da Penha, originalmente chamada Lei Consuelo Nasser antes de ser apropriada pelo governo, a consolidação do Bolsa Família, entre muitos outros. O destaque de Demóstenes no Senado Federal o levou a ser reconhecido em todo o País, conquistando a reeleição com recorde histórico de votos em Goiás e surgindo como um dos favoritos para a disputa presidencial em 2014.

Quem seriam então esses interessados? Um dos principais com certeza é o governo federal, especificamente a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o chamado grupo dos mensaleiros. A cada discurso na Tribuna, a cada entrevista no Jornal Nacional, a cada artigo na Folha de S.Paulo, Demóstenes elevava o nível do debate nacional ao das grandes democracias. Algo que um governo acostumado a dominar o Congresso por meio do mensalão não está habituado. E se existe algo que o PT sabe fazer bem é aparelhar instituições para tirar proveito político e atacar adversários, vide o papel da Receita Federal nas últimas eleições em relação à família Serra. Vazar gravações da Polícia Federal é brincadeira de criança. Apesar de todos os indícios apontarem para uma articulação do governo, a própria oposição também tinha seus ressentimentos contra o ex-senador. Nomes que antes brilhavam nas capas de jornais passaram a  frequentar os cantos de página. O grupo dos "éticos" perdeu espaço para Demóstenes, que, além de uma grande oratória, ainda possui um conhecimento jurídico ímpar. E na política, para muitos, o destaque na imprensa e o reconhecimento popular é a base da carreira. Vê-lo fora do cenário era para alguns até mesmo a reafirmação do próprio ego.


No final das contas, apenas a população tinha motivos para comemorar a presença de Demóstenes no Congresso Nacional. Um parlamentar que não era pautado pelos acordos partidários, que tinha consciência sobre o seu papel na política. A saída de Demóstenes Torres do Senado significou o empobrecimento da própria democracia brasileira.

sábado, 23 de agosto de 2014

NOVA CRIXÁS - VEREADOR "NEINHO" AJUDA FAMÍLIA CONQUISTAR CASA PRÓPRIA

O morador Cleiton Alves da Silva, da cidade de Nova Crixás, localizada a 400 km de Goiânia, relata a concretização do sonho de sair do aluguel ao conquista a sua casa própria com a ajuda do vereador Flávio Rosa da Serra/PSDB, mais conhecido como “vereador Neinho”.

Cleiton e casado com dona Maine Herculano Alves, e é filho de Zilma Alves de Araújo, conhecida na cidade como “Baiana”, e relata que sozinho não conseguiria realizar o sonho da casa própria, mas que hoje sente-se realizado com a ajuda do vereador que prontamente se dispôs a ajudar.

 O morador relata emocionado que “O Neinho realizou nosso sonho, somos muito felizes, pois Deus com toda sua bondade pôde nos iluminar com a saúde, e o Neinho nos proporcionou o bem estar em nossa própria casa, todos prometeram mais só ele teve a palavra e cumpriu”, diz Cleiton, acrescentando que ao chegar em casa todos os dias tem a certeza de que está no seu próprio “cantinho”, e faz questão de agradecer ao vereador pela ajuda tão importante.


O vereador Neinho tem marcado o seu mandato com muita dedicação e atuação, procurando sempre atender a população, ajudando na busca por solução dos problemas, legislando e fiscalizando, desempenhando com eficiência o mandato que o povo lhe deu. É com certeza um dos vereadores mais atuantes em Nova Crixás.

BOM JARDIM - POLÍCIA PRENDE HOMEM QUE VIVIA COMO MARIDO DA PRÓPRIA FILHA

A MENINA DE 14 ANOS AFIRMA QUE GOSTA DO PAI E PRETENDE CONTINUAR COM ELE

A Polícia de Bom Jardim de Goiás, 32 Km de Barra do Garças-MT, registrou na última quinta-feira (21) uma ocorrência de incesto. Após denúncias eles constataram que um homem de 46 vivia como marido da própria filha de apenas 14 anos de idade. Os dois moram em uma fazenda que fica a 22 Km da cidade.

Os vizinhos denunciaram o caso após perceberem que pai e filha trocavam várias carícias. A PM foi até a fazenda junto com o conselho tutelar para apurar as denúncias. A jovem é filha biológica do homem e eles passaram a viver juntos quando a mãe dela foi presa sob a acusação de ter matado um filho. A relação teria começado quando a menina estava com 11 anos.

Os dois foram levados para a cidade de Aragarças-GO para preservar o homem que estava sob ameaça de linchamento quando os moradores de Bom Jardim souberam do caso. Na delegacia a menina afirmou que gosta do pai e que pretende manter a relação. O lavrador será indiciado por abuso de menor, mas provavelmente será liberado pelo fato de incesto não ser considerado crime.


Com informações Diário do Interior

HELICÓPTERO USADO POR CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL REALIZA POUSO FORÇADO EM GOIÁS



O helicóptero utilizado pelo candidato a deputado federal, Alexandre Baldy (PSDB), realizou um pouso forçado em um campo de futebol, na manhã deste sábado (23), em Goianira a 35 km de Goiânia.




A aeronave ia buscar o candidato que participa de compromisso politico na cidade. Durante o trajeto o helicóptero sofreu uma falha mecânica e ao realizar o pouso forçado, uma das hélices bateu em uma trave do campo de futebol. Só estava o piloto a bordo e nada sofreu.

Fonte: DM

PROMOTORIA DE JUSSARA REALIZA REUNIÃO PARA DISCUTIR DEMANDA POR ABERTURA DE ESTRADA EM ASSENTAMENTO

O promotor de Justiça Bernardo Morais Cavalcanti, da 1ª Promotoria de Jussara, coordenou reunião que discutiu a possível abertura de uma estrada que ligue o assentamento Bom Jesus à cidade de Santa Fé de Goiás. A discussão contou com a participação da prefeita de Jussara, Tatiana Ranna dos Santos, e de moradores do assentamento.

Os pequenos produtores rurais do assentamento solicitaram a intermediação do MP, pois, antes, no local, havia uma estrada que passava dentro de uma propriedade particular, a qual facilitava o trânsito dos moradores. Porém, o atual proprietário, ao adquirir o imóvel, fechou a estrada. Agora, os moradores precisam andar 30 quilômetros a mais para chegar à cidade de Santa Fé, que está mais próxima deles do que de Jussara.


O MP comprometeu-se a buscar um acordo entre as prefeituras, o proprietário do imóvel e as famílias assentadas. A fim de se obter resultado, serão realizadas outras reuniões com os envolvidos, bem como um estudo em conjunto das soluções possíveis. (Texto: Samiha Sarhan/Estagiária da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Supervisora de Estágio: Ana Cristina Arruda)

MP ASSINA ACORDO DE AMPLA ABRANGÊNCIA PARA A DEFESA DO MEIO AMBIENTE EM MONTES CLAROS DE GOIÁS

O promotor de Justiça Lucas Arantes Braga firmou termo de ajustamento de conduta com os responsáveis pela Eber Bio-Energia e Agricultura Ltda. e o município de Montes Claros de Goiás, visando à adequação das atividades da empresa, reparação de danos ambientais e investimento na proteção do meio ambiente do município. Pelo acordo, a prefeitura também assume obrigações voltadas para o setor.

Adequações

Pelo documento, a empresa reconheceu ter dado início ao plantio de cana-de-açúcar e construção de uma usina de etanol no município sem a devida licença ambiental, assumindo, portanto, o compromisso de promover a regularização de suas atividades e reparo aos danos já causados.

Desta forma, deverá protocolar o EIA/RIMA e o pedido de licenciamento na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), obedecendo aos requisitos legais existentes.

A Eber Bio-Energia assumiu também o compromisso de não causar danos ao patrimônio ambiental e à coletividade, tomando medidas compatíveis com a defesa e preservação do meio ambiente, devendo paralisar todas as suas atividades, em especial o processamento e o plantio de nova área de cana-de-açúcar. A plantação que estiver em desacordo com a legislação ambiental, como a que estiver em áreas de preservação permanente ou de reserva legal, deverá ser retirada. O termo também proíbe a queima da cana e o aumento da área de plantio sem licenciamento.

O promotor esclarece que a única atividade que a empresa está autorizada a realizar é a continuidade da construção de seu parque industrial, desde que não acarrete danos e em obediência à legislação ambiental, ficando proibido o início das operações do parque até a expedição das licenças.

Reparação de Danos

Conforme estabelecido no acordo, a Eber Bio-Energia deverá recuperar todas as APPs e áreas de reserva legal, dentro das sua propriedade e das fazendas arrendadas para o plantio, elaborando e implantando Plano de Recuperação de Área Degradada (Prad). A medida deve contemplar a recuperação e revegetação dos terrenos.

Foi estabelecida ainda a recuperação de todas as áreas em que houve a extração de cascalho e compensação de área em que ocorreu a retirada de árvores em pastagens, bem como em relação a todas em que foram promovidos o desmatamento ou supressão da vegetação natural. A empresa assumiu ainda o compromisso de encaminhar ao MP a licença da obra da barragem construída no Córrego Extreminha e implantar o Prad no local.

O termo de ajustamento de conduta fixa ainda a desativação e não realização de pousos e decolagens no aeródromo da propriedade, até o licenciamento ambiental e autorização dos órgãos competentes, devendo interditá-lo temporariamente.

Compensação ambiental

Como forma de compensação ambiental, a Eber Bio-Energia se obriga a criar uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com área não inferior a 1 mil hectares, aprovada por órgão ambiental, ficando a seu encargo o custo de instalação, elaboração do plano de manejo, aquisição de terras e averbação no registro de imóveis, entre outros.

Cumulativamente, deverá construir um aterro sanitário em Montes Claros, com os equipamentos necessários para operar e capaz de atender às demandas do município, no prazo de um ano, contado do fornecimento do local adequado e licenciado pela prefeitura.

Neste caso, a empresa arcará com os custos de instalação e da compra de maquinários, cabendo ao município o terreno e, posteriormente, a operação do aterro. A usina fica obrigada a elaborar o Prad para recuperação da área onde se encontra o lixão, que deverá ser executado pela administração pública. O acordo estabelece, por fim, que a empresa instale uma usina de triagem e reciclagem de resíduos sólidos para o município.

Ainda como compensação pelos danos causados ao meio ambiente, a Eber Bio-Energia se comprometeu a adquirir e doar para o Ibama, Grupamento da Polícia Militar Ambiental de Iporá e ao Instituto Chico Mendes equipamentos como GPSs, máquinas fotográficas, computadores e telêmetros.

Prefeitura


Conforme previsto no acordo, a prefeitura de Montes Claros de Goiás deverá colocar à disposição da empresa local licenciado e adequado para a instalação do novo aterro sanitário, a sua operação e a instituição de um programa municipal de coleta seletiva de lixo. Deverá também recuperar a área do lixão que atualmente serve o município, obedecendo às indicações do Prad elaborado pela empresa e aprovado pelos órgãos ambientais. (Cristiani Honório /Assessoria de Comunicação Social do MP-GO – Foto: portal da usina e arquivo da Promotoria de Justiça de Montes Claros de Goiás).