O
governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), anunciou nesta terça-feira, 29,
que quer depor na CPI para se defender de acusações de envolvimento com o
bicheiro Carlinhos Cachoeira. Com "a tranqüilidade dos justos", ele
apresentou uma petição ao senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da
Comissão, e esclareceu que seu interesse é o de esclarecer sua atuação como
governador e a lisura de seu governo, disse.
Periilo
foi citado 237 vezes nas gravações telefônicas interceptadas pela Policia
Federal, durante as operações Vegas e Monte Carlo. Na petição, o governador
tucano relata sua trajetória política, nos anos 1980, ao lado do ex-senador,
governo de Goiás e ministro da Saúde, Henrique Santillo (PMDB), no governo de
Itamar Franco.
Também
reafirma ter-se colocado à disposição do Procurador-Geral da República, Roberto
Monteiro Gurgel, para esclarecimento sobre um suposto envolvimento dele e de
auxiliares próximos de seu governo, em Goias.
Perillo
já anunciou, esta semana, ter em mãos os documentos que comprovam a venda de
uma casa, no condomínio Alphaville, em Goiânia, para o empresário Walter Paulo,
dono da Faculdade Padrão, em Goiânia. Ocorre que o negócio, no valor de R$ 1,4
milhão, foi intermediado por Wladimir Garcêz, um ex-vereador e presidente da
Câmara de Goiânia, braço direito de Carlos Cachoeira. Ambos, Garcez e
Cachoeira, estão presos.
Outra
polêmica do caso, e envolvendo o governador Marconi Perillo, está na suposta
entrega de uma caixa de computador, contendo dinheiro, no Palácio das
Esmeraldas, a sede do governo de Goiás.
"Não
raro o meu nome tem sido maldosamente veiculado na imprensa como relacionado ao
suposto esquema que ora se apura, então nada melhor do que vir a público, em
respeito aos eleitores do Estado de Goiás, em respeito aos meus pares, a minha
família e a todo brasileiro e brasileira que, por um segundo sequer, tenha
intimamente colocado sob suspeição minha seriedade e minha respeitabilidade
pública, para responder a questionamentos e rebater todas as falsas ilações
criminosamente dirigidas contra mim", afirmou Marconi Perillo na petição,
entregue nesta terça em Brasília, ao presidente da CPI.
Na
sessão da CPI desta terça, os parlamentares decidiram adiar a decisão sobre
convocar os governadores citados na investigação.
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