O vereador Paulo
Borges, do PMDB, foi preso na manhã desta sexta-feira (15/2), suspeito de
envolvimento em fraude na Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) que
resultou na Operação Jeitinho, deflagrada em janeiro pelo Ministério Público
Estadual (MP-GO) com apoio das polícias Civil e Militar. Por volta das 6h, a
polícia cercou o edifício La Rochelle, localizado na Avenida T-4, no Setor
Bueno, em Goiânia, onde mora o parlamentar, que foi levado em um camburão. O
vereador Wellington Peixoto (PSB), irmão do deputado Bruno Peixoto (PMDB), também foi encaminhado
ao Ministério Público de Goiás para prestar esclarecimentos na sexta-feira, já
que foi expedido contra ele um mandado de condução coercitiva.
Vereador Wellington Peixoto (PSB) |
Foram cumpridos,
conforme nota do MP, dois mandados de condução coercitiva, duas de prisão e
cinco de busca e apreensão relacionados à Operação Jeitinho, que apura suspeita
de fraude por meio da cobrança de propina para liberação de licenças ambientais
por parte Amma.
Conforme nota do MP,
as diligências deflagradas nesta manhã se devem ao aprofundamento das
investigações que apontaram mais evolvidos no esquema. À época da deflagração
da operação, Dênis Bimbati, um dos
promotores de justiça à frente das investigações, não descartou a possibilidade
de envolvimento de políticos.
Deputado Bruno Peixoto (PMDB) é irmão do vereador Wellington Peixoto (PSB) |
Foram mobilizados na
ação, além de cinco promotores de justiça, servidores do
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de
Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MP, além de 16 policiais
militares.
A operação recebeu
esse nome porque um dos envolvidos foi flagrado dizendo: “no Brasil tudo tem um
jeitinho”. De acordo com o MP-GO, o grupo queria dizer que por meio de propina
facilidades seriam vendidas. Os suspeitos poderão ser indiciados por formação
de quadrilha e tráfico de influência.
Ketllyn Fernandes, Jornal Opção
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